quarta-feira, 24 de outubro de 2007

A PERMACULTURA PODE SALVAR O MUNDO!?















Em tempos difíceis para o planeta, e de verdadeira desorientação quanto ao que podemos fazer para diminuir e/ou aliviar a pressão que exercemos sobre os recursos que ele nos oferece, eis que surge na década de oitenta uma idéia que tem provado ser a melhor de todas:


RESGATE E VALORIZAÇÃO! _ Isso mesmo, a PERMACULTURA resgata e valoriza as boas atitudes e ações, seja de nações indígenas, de nossos ancestrais ou também de povos e comunidades atuais. Exemplo disso é a rede de sementes que está resgatando e preservando as espécies que são usadas como alimento e remédios. Resgatando porque o sistema impôs o uso de fármacos sintéticos nem sempre saudáveis e com efeitos colaterais não-raras vezes nefastos para a saúde. Os alimentos que consumimos são na sua maioria produtos de combinações genéticas (transgênicos) duvidosas, a exemplo da soja que tem suas moléculas combinadas com moléculas de bactéria. E que somente a corporação responsável pela anomalia genética poderá dispor de "direitos", independendo da vontade de qualquer um de nós (royalties).


A ética da Permacultura supõe a restauração do sujeito responsável, comportando a exigência do auto-exame, a consciência de nossa parcela de responsabilidade sobre o destino planetário, e não somente no que diz respeito ao presente, mas também ao futuro.Teremos que reaprender a aprender. Reaprender é mudar as estruturas do pensamento, e a Permacultura nos lança este desafio, oferecendo-nos o pensamento sistêmico e a idéia de síntese entre ciência e sabedoria popular, convidando-nos a acordar de um estado de sonolência povoado de racionalizações.
Reordenar o pensamento é, além de assumir a ética do cuidado e da solidariedade, deixar-se mover por uma compreensão poética da vida, que permite entender as pessoas como seres de desejo, de amor, de relação - os únicos que sonham acordados e são capazes de construir, não “o melhor dos mundos, mas um mundo melhor”, segundo Morin.


Reassumir a ética do cuidado e da solidariedade é também cuidar para que riquezas genéticas não se percam, como o milho crioulo, plantas medicinais, abóboras, milhares de leguminosas e outros grãos (arroz , por exemplo) que poderemos dispor para nossa alimentação e que não estão ainda sob o poder das corporações.


Para que isto ocorra não será necessário que voltemos a colecionar costumes ancestrais como habitar nos matos, cavernas, etc... Não será necessário nos isolarmos das comunidades ondeestamos inseridos, mas com nosso exemplo de querermos cuidar de nós mesmos e de nossa família, modificar um pouquinho nosso "entorno". Isso significa educar pelo exemplo!

A foto do pessegueiro orgânico e da abelha livre de veneno é de autoria do Carlos, amigo lá do Chile.

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