sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A Desigualdade Social no Brasil


Está iniciando uma nova corrida dos partidos políticos por votos na próxima eleição, e ainda não se fala nada sobre as desigualdades sociais que intensificam a violência tanto nos grandes centros quanto nos pequenos povoados do Brasil. A falta de atenção dos partidos sobre este assunto parece não preocupar as pessoas, que seguem votando aparentemente sem muitas preocupações ou sensibilidade com o rumo que suas escolhas possam tomar. Os políticos não estão preocupados em resolver os problemas que tornam a vida das pessoas sem as condições mínimas de qualidade. Cada um deles luta pela quantidade mínima de votos que vai lhe assegurar um salário e as vantagens do cargo.


Embora dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que é vinculado ao NAE (Núcleo de Assuntos Estratégicos) da Presidência da República, apontem para uma redução da desigualdade de renda em 7% este ano, e foram levantados a partir de dados da Pesquisa Mensal de Empregos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é clara a concentração de renda por classes no país, segundo os dados do censo do mesmo IBGE.
Estes dados apresentam a comparação trimestral entre 2002 e 2008 e a renda média do trabalho atualizada até 2008, por décimos da população. Ou seja, valores de renda desde os 10% mais pobres até os 10% mais ricos.
Nos referimos aos dados do Banco Central do Brasil, com valores absolutos de ingresso, riqueza e endividamento das famílias brasileiras, muito úteis para se conhecer não só esses valores absolutos, mas que denota também as diferenças e desigualdades que ocorrem em determinado momento e num espaço de tempo. Os dados do BC mostram de forma sutil e dissimulada um universo de clientes com alguma dívida, mesmo que pequena, de 80 milhões de pessoas somente até fevereiro de 2008, o que acende também um alerta para o aumento do índice de endividamento familiar. Mesmo que o sistema não faça cruzamento do tamanho da dívida das famílias com o rendimento familiar médio, é clara a situação em que se encontra a maioria das famílias brasileiras. Não abordaremos aqui o fato de que, aparentemente, o Brasil esteja passando por uma fase positiva de seu ciclo econômico e isto deveria refletir-se por inteiro (ou não?) para todos. Isto se a distribuição de riquezas não fosse assimétrica. É clara a concentração de renda por classes no país. Basta olhar rapidamente os dados do censo do IBGE _ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Supõem-se que nos períodos de propaganda eleitoral, ou nos debates, os partidos apresentem soluções para os problemas mais preocupantes, o que não está acontecendo até o presente momento. Surpreendente o fato de que nada do que se discute se refira ao assunto. É como fosse um problema que não se deva abordar.
É clara a concentração de renda por classes no país. Segundo os dados do censo do IBGE _ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Sabemos que esses números são tímidos quando mostrados na imprensa, que também não faz o cruzamento do aumento da violência com o empobrecimento das pessoas. Para a uma imensa parcela de indivíduos sem o mínimo de sensibilidade e educação política e social, isto passa despercebido.E os políticos mal-intencionados, que são sempre a maioria a pleitear votos, aproveitam-se da ignorância da população fazendo campanhas ignorando “descaradamente” o real motivo dos problemas que afetam as populações, acentuando problemas para a manutenção de recursos familiares básicos: educação, saneamento, recreação, alimentação e saúde, ou seja, um ambiente minimamente equilibrado para sua existência com dignidade.

Nenhum comentário: